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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

NAUTIBUS

Novos Onibus para trafegarem no Rio e em São Paulo, batizados pelo Zé Clemente (http://amigosvelozes.blogspot.com/) como Nauti Bus, uma simbiose de Nautilus com Onibus. Grande Zé. rs
Pode transportar passageiros em dias normais( ou anormais?), sem chuva.
 Ou dias anormais (ou normais?), com muita chuva.

Ou simplesmente para um tour pela Baia da Guanabara ou na Represa de Guarapiranga.
Fica a idéia.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PRIMEIRA PROVA DO TORNEIO BUA

"Em Janeiro de 1970 foi realizada a primeira Prova do Torneio Internacional BUA de Formula Ford.


Nós tínhamos feito uns acertos no FUSCA, já com o numeral #52, trocamos os pneus traseiros que eram muito grandes, colocamos uma quarta mais curta, o que daria mais força na curva sul, e nas saídas das demais, melhoramos a carburação. Após o episódio da "espanada" das estrias do cubo de roda voltamos ao Autódromo na quinta feira de treinos livres qua antecediam a Primeira Prova do Torneio Internacional BUA de Formula Ford. O Erwin, dono do carro, já com a carteira de piloto, que era um porra louca, sentou e foi experimentar. Na 2º volta já passou com 1,59 “baixo, na 3º 1,58" baixo, e depois de umas seis voltas começou a cravar 1,56 “e parou pra que eu experimentasse. Eu sempre mais cauteloso que ele, virei, depois de algumas voltas 1,56" alto. Sinalizaram para que eu parasse e o Erwim me deu um esporro.


"Porra, isso ta parecendo acompanhamento de enterro. Baixa a bota. Tem que baixar meu tempo".
Eu argumentei que não estava valendo nada, e que eu não queria arriscar uma escapada que pudesse danificar o carro.
Ele concordou meio contrariado e subimos para aguardar os treinos oficiais da preliminar do Torneio BUA.
Sexta feira, ante véspera da prova, descemos pra treinar e eu dei umas três voltas em 1,58” baixo e mais umas três em 1,56 cravados. Conversamos, ele perguntou se dava pra melhorar, eu disse que na hora da verdade podia ser que tirasse alguma coisa”.
Sábado, treinos classificatórios, coloquei o capacete, as luvas (soutien de vaca, rs) ele me ajudou a colocar o cinto e fez mais uma recomendação:
"Cara, procura fazer a Sul e a Norte mais forte, acho que você consegue, e vai dar mais relógio”.
Saí dos boxes pensando naquilo, me concentrei mais no traçado da Sul e da Norte, dei umas duas voltas em 1,56 “alto, apertei mais um pouco, e me sinalizaram 1,55" cravado, 1,54 “alto, 1,54" baixo e 1,54 “baixo, repeti o 1,54” baixo, novamente 1,54 “baixo e entrei nos boxes”.
O Erwin, o Juca, o Alemão e o Betinho sorrindo de orelha a orelha. Na minha frente o MINI, um outro fusca com 1,54 “cravado, acho que o Botelho, numeral #6, não tenho certeza”.



Enroscando com  o Jorge Botelho.


Domingo, dia da prova, já contávamos com o 4º lugar, pois tinha um FUSCA verde claro, cujo numeral era #69, se não me engano, que nunca aparecia nos treinos oficiais e largava em ultimo, mas no fim da reta já tinha despachado todo mundo, menos a GTA e o MINI.
CORRIGINDO:
O Renato Kreyscher com a GTA, pai do Aluisio, não se inscreveu, então devia chegar em 4º, atrás do MINI, do FUSCA  #69 do Júlio C. Lopes e do FUSCA  # 14 do Gato.
Largamos, e a prova transcorreu dentro da normalidade. Na primeira volta dei uma escapada na Sul, mas consegui me manter em cima do asfalto, com isso o outro fusca botou um frente razoável,  na Entrada do Miolo despachei o Gato, me desdobrei no miolo e consegui diminuir a diferença para o Júlio, pois eu era mais rápido de miolo, quando saímos no retão ele abriu de novo, e assim fui tentando nas primeiras cinco voltas, sempre se repetindo o lance das anteriores, resolvi me conformar com o terceiro lugar para evitar um acidente, já que estava me arriscando muito e não chegava no FUSCA # 69 do Júlio Lopes. Ultrapassagens só de algum retardatário (Edgar "Moleque" de 1093, entre eles) e cheguei em 3º, com direito a podium Taças, e festejo nos boxes.


FUSCA # 69 de Júlio C. Lopes                                        

Nesse dia tive uma das maiores emoções da minha, relativamente curta, vida de Piloto.





Ao receber a Taça, olho para arquibancada e vejo um cara, que na minha opinião, foi um dos maiores, se não o maior Piloto petropolitano, nos aplaudindo: Álvaro Varanda. Fiz um gesto como a lhe oferecer a taça, desci do Podium, entreguei a Taça pro Erwin e fui buscar o meu grande ídolo para levá-lo até os boxes. Ele vinha deixando as arquibancadas, me abraçou, me deu os parabéns e declinou do convite dizendo:



“Desculpe, tenho um compromisso, só passei aqui pra te ver e te dar um abraço”.



Não precisa dizer que o bobalhão aqui ficou com a voz embargada, os olhos marejados, e voltou pros boxes, relembrando a semana passada na fazenda dele em Sapucaia, Fazenda Monte Café, onde ouvi muitos conselhos, muitas histórias e vi muitas fotos.

Erwin Keuper e Álvaro Varanda já se foram. Muitas saudades, mas devem estar juntos, tenho certeza de que todos os bons formam o mesmo grid".

Pedro Henrique "Baleiro"

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ERWIN KEUPER III

Após o resultado da minha Primeira Corrida, resolvemos continuar com os acertos da barata.
A primeira providencia foi substiruir os pneus trazeiros, pois oa uzados anteriormente tinham perfil mais alto. Não me perguntem o motivo, não me lembro. Depois o Erwin começou a analizar o desempenho do carro.
O carro largava bem, enchia rápidamente o conta giros, estava razoavel no miolo, e deveria melhorar com os novos pneus. Descemos para treinar e, desse vez, foi mais fácil convencer o Grande Nonato.
Como sempre, o Erwin deu umas 5 voltas, desta vez girando alto, o que surpreendeu a todos, pois não baixou de 2"4'. Parou nos boxes e começou a sua análise:
-"Acho que o carro melhorou um pouco, mas estou encucado com uma coisa. Ele sái fraco da sul em quarta, experimentei a terceira e achei curta demais. Ele não enche o contagiros de quarta nem no retão. Logo depois da saída do S ele enche a terceira, a gente passa a quarta, mas acho que poderia crescer mais rápido. Vamos colocar uma quarta mais curta e experimentar."
Dei algumas voltas, confirmei o tempo de 2"2', cheguei a vira 2"1' baixo, mas resolvemos parar.
Naquela época não havia a maravilhosa Internet para ajudar.
No Rio achamos dificil de encontrar, portanto, vamos a São Paulo.
Descemos à noite, guardamos o carro no apartamento do Erwin na 28 de Setembro, Vila Isabel, pegamos um táxi  e fomos para a estação pegar o saudoso Trem de Prata, para São Paulo. Que delícia de viagem, quem fez sabe.
Carro leito mesmo, com beliche e um lavatório para higiene matinal.
Pouco dormimos, conversando e vendo as paisagens até então desconhecidas, mas, mesmo assim chegamos descansados em São Paulo, fomos para o Carro Restaurante e tomamos um reforçado café da manhã.



Que Saudades do Trem de Prata.



Pegamos um táxi, nem eu nem o Erwin conhecíamos nada de São Paulo, confesso que até hoje não conheço, e fomos até a oficina do Josil José Garcia, a JOCAR, que ficava, salvo engano, em Santo Amaro.
Lá chegando fomos calorosamente recebidos pelo Josil, disse que estava com saudades de ouvir um sotaque carioca, rs, nos apresentou o Giba e o restante da turma, uma festa.
Falamos o que queriamos e ele nos levou numa tornearia onde encomendamos a engrenagem, que nos foi enviada posteriormente.
O Josil tinha que passar na AUTOZOOM, aproveitamos para conhece-la.
Lá fui apresentado ao Alfredo Guaraná Menezes, que estava despontando como uma promissora bota, e que não perdeu a oportunidade de brincar conosco.
-"E aí? Quando é que os tais de "Pintão" e "Pintinho" vem aqui, pra gente tirar uma difereinça?"
-"Não sei, pergunta a eles ou vai lá você." Respondi.
Seguiram-se algumas gozações de ambas as partes, para delírio do Josil.
Boa praça o Guaraná.
Retornamos ao Rio, ansiosos para recebermos a tal quarta curta e podermos fazer o teste.
Tinhamos ido a São Paulo numa terça feira, na terça seguinte o Juca avisou que havia chegado a engrenagem e que iria monta-la na caixa. Corremos pra oficina para assistir acirurgia.
Pronta a barata, voltamos ao Autódrmo para conferir, na semana seguinte teríamos a Primeira Prova do Torneio BUA de FORMULA FORD, e iríamos participar da preliminar.
O Erwin como sempre, sentou no FUSCA, e baixou a bota. Na segunda volta cravou 2", na terceira 1"59' baixo, na quarta 1"58" alto, na quarta 1"58' baixo e parou.
-"Melhorou muito, sái forte da Sul, e quando espetei a quarta na saida da Ferradura e na saida do S, ele deu um pulo."
Sentei, saí, como sempre de vagar, até saber como estava a pista, e aí sim, acelerei.
Passei com 2" cravados na primeira passagem rápida, e fui baixando, 1"59' baixo, 1"58' alto, 1"58' baixo, 1"58' cravados. O Erwin e o Juca sinalizavam OK, soridentes.
Me empolguei e pensei: "Vou dar uma alegria pra esses putos."
Fiz a Sul na pontinha dos dedos, caprichei a Entrada do Miolo, fiz a Ferradura perfeita, mantive a primeira do S o máximo que podia por dentro, fiz a segunda perna do S bem, saí forte, iniciei a suave Curvinha da Árvore, metí a quarta e.... Fudeu. Parecia que estava em ponto morto (neutro). Pensei:
"Porra, a engrenagem de quarta não aguentou."
Espetei a terceira de novo, acelerei, o giro subiu, e nada...
Ao diminuir tentei segunda. Nada... O giro crescia e as rodas não tracionavam. Fui no embalo até a Norte, desci o Relevê e parei na entrada dos boxes. O Juca o Alemão e o Erwin vieram correndo perguntando o que havia acontecido. Realatei, empurramos o FUSCA pros boxes, e começamos a procurar o motivo.
O juca mandou o Alemão tirar a roda trazeira esquerda, com o carro no alto, me mandou ligar, engrenar primrira pra tentar ouvir algum ruido. Ao engrenar a primeira e tirar o pé da embreagem, ouví o Juca gritar.
-"Pode parar que já achei o problema." Disse rindo.
As estrias da bengala (semi eixo) haviam desgastado, como se tivessem torneado as respectivas estrias do cubo de roda. Consequentemente aquele semi eixo girava solto, não transmitindo potência para a roda.
Foi um alívio, mas foi o suficiente para encerrarmos os treinos e rebocarmos o FUSCA para Petrópolis, felizes mesmo assim, por sabermos que não era nada grave e que o carro havia melhorado, o que iríamos comprovar na próxima corrida.

Erwin Keuper, formando no Grid lá de cima.



O FUSCA véio de guerra.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CORRIDAS DE CARRINHOS DE ROLIMAN



A atração pela velocidade se manifesta desde cedo. Seja através dos carrinhos de pedal, das bicicletas e até nos carrinhos de roliman.
A vontade de competir, inibida pela falta de grana e pela pouca idade levou muita gente a se arriscar participando de corridas de carrinhos de roliman, que nós realizávamos na Serra Terezópolis/Petrópolis.
Chegamos a ser convidados para realizar uma delas no Parque Nacional em Terezópolis.
Era uma diversão sadia, gostosa, que fazia a confratenização de muitos jovens.

Largada "disputadìssima" no Parque Nacional de Terezópolis.
 Abelardo "Belão" Gonçalves fazendo ajustes no seu "Bólido".

O "Bólido" do "Belão".

Retorno para nova Largada à bordo do DODGE UTILITY do Carlos Alexandre "Xandi" Silveira.

Curvão no Parque.


Está chegando a hora.

Adrenalina em alta, rs.



E assim amenizávamos a nossa paixão pela velocidade, com esses carrinhos, que segundo o velocímetro do MALZONI do Giovani Bianchi, chegavam até a 60 Km/hora.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

HÉLIO MÁZZA - MISSA II

Caro Pedro


Não te enviei a foto ontem devido ter tido problema com o computador.

Fui ontem, 19 de janeiro, na missa de um mês de nosso saudoso amigo Hélio Mazza.

Entre parentes e amigos dele, estiveram presentes algumas pessoas ligadas ao automobilismo como o empresário do Rubens Barrichelo na Fórmula 3, não o conhecia, quem me mostrou e falou quem era foi o amigo Amauri Mesquita que conhece muita gente.



Fui em companhia do piloto e amigo Vicente domingues. Chegando lá, nessa hora triste, para compensar tive o prazer de reencontrar alguns amigos como o piloto Amauri Mesquita, o jornalista André Queiróz, os pilotos Ricardo Achcar, "Dr. Jivago", Heitor Peixoto de Castro e seu amigo Ronaldo que sempre foi muito amigo do Heitor e sempre viajava conosco nas corridas e reencontrei também Gil Batista que tinha uma agência de automóveis na Avenida Atlântica. Lembra?



Estou te enviando a foto. Infelizmente não deu para sair nela o Ricardo Achcar, "Dr. Jivago" e André Queiróz, visto que tão logo acabou a missa e estávamos conversando caiu um raio bem próximo, com forte estrondo, acompanhado de uma forte tempestade, com isso esses três sairam logo com receio de ficarem presos no engarrafamento que a tempestade iria causar. Fizeram bem, nós que ficamos mais tempo conversando pegamos um enorme engarrafamento até chegar em casa, mas valeu pela satisfação de rever amigos tão queridos e poder colocar o papo em dia.

Abração,

Sidney Cardoso

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O FABULOSO SPEED DAY

Pra que eu ficasse com mais água na boca, o Toni Seabra me mandou umas fotos e falou comigo durante duas horas e meia por telefone, me contando as aventuras vividas pelo grupo que foi ao Sul.
Totalmente embevecido, me fala da cordialidade reinante no grupo, e da afabilidade com que foram recebidos pelos gaúchos, capitaniados pelo Paulo Trevisan. Todo mundo sabe da formidável iniciativa do Trevisan, criando o Museu do Automobilismo Brasileiro em Paço Fundo, permitindo que os mais novos aficcionados desse esporte, possam conhecer os carros que emocionaram a nós, os "véio" intusiastas.
Enquanto ainda se encontrava lá, me telefonou, não resistindo à ansia de contar o quanto estava sendo maravilhoso o passeio. Na oportunidade, colocou na linha dois caras que gosto e respeito muito, o Jan Balder e o Mestre Joca, de quem pude matar um pouquinho da saudade. Esse passeio deve ser feito por todos os, que como eu, somos apaixonados por carros de corrida. Embora ainda não o tenha realizado, pretendo faze-lo, logo que possa, mesmo que não seja para pilotar essas máquinas com as quais sonhei várias vezes, enquanto me contentava correndo de FUSCA e de OPALA. Vê-las de pereto, tocá-las, ouvi-las roncando já deve levar qualquer apaixonado às proximidades do extase, que dizer da oportunidade que tiveram ao pilota-las?

KG Dacon, quanta saudade.
 
O mesmo KG, quando pertencia a João Varanda Filho, o "Jiquica". Quanta história.

Aqui vemos o Antonio Seabra, realizando um sonho a bordo do Espron.
Trevisan Graeff e cia, vocês sim, são os caras.
Parabéns a todos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

HÉLIO MÁZZA- MISSA

Amigos, a missa de 1 mês de falacimento do Hélio Mázza será amanhã, 19/01, às 19:hs, na Igreja da Ressureição, localizada na Rua Francisco Otaviano Nº99  no Arpoador.
Aos familiares e amigos os nossos sentimentos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SÃO SÃO PAULO OU SIMPLESMENTE SAMPA.

Acabo de ler no blog Entrada Franca, http://entradafranca.wordpress.com/2010/01/14/o-rio-que-eu-vi-pela-primeira-vez/#comment-8, uma bela história de um paulista no Rio, o que me motivou a escrever sobre minhas experiências em São Paulo.
 Na primeira vez que fui a São Paulo, foi para assistir à IX Mil Milhas.
Saímos de Petrópolis, no JK do Carlos Alexandre Silveira, o "Xandi", na Sexta Feira.
Estávamos eu, Xandi, Alemão (mecânico) e o Marcio Dunley.
Chegamos em Sampa tarde da noite, e preocupados com as histórias que os paulistas davam informações erradas, relutávamos em pedir informações de como chegar a Interlagos. Mas como ninguém conhecia São Paulo, tivemos que nos arriscar a ser sacaneados pelos "paulistas mal carater".
Fiz sinal para um Karman Ghia que passava, e um corôa que dirigia o carro, parou, esperou que eu ficasse do seu lado e me olhou com o ar inquisitivo. Perguntei como fazia para chegar a Interlagos, ele fez sinal para que entrássemos no Posto de Gasolina à frente, desceu do carro e veio me explicar.
-"Você dobra à direita no farol, depois à esquerda, segue reto até à AV. Brasil... (se não me engano)
Amigo, nenhum de nós conhece porra nenhuma da São Paulo. Não sabemos quando estamos indo ou voltando, lhe disse.
-"Vocês são cariocas, não é?"
Pronto, fudeu. Eu pensei.
Ele abriu um sorriso simpático quando confirmei e disse:
-"Me segue, vái."
Arrancou com o KG e mandou a bota, e eu colado nele. Daquí a pouco paramos próximo a um dos portões de Interlagos. Ele desceu do KG e nós do JK. Eu apertei sua mão e dei-le um abraço enquanto agradecia e ele comentava:
-"Bonito rrronco tem essa máquina."
Bem, já ví que a história não era bem como se contava. O primeiro paulista que conhecí era um cara legal.
Resolvemos passar a noite alí mesmo, quando chegou uma Vemaguete do Rio Grande do Sul, cheia de tralhas, desceram três gauchos devidamente trajados (piunchados) e vieram conversar conosco.
-"Viemos torcer por Catarino Andreata e Breno Fornari, tchê!"
Truxeram vinho? Perguntei?
-"Não, mas trouxemos uma pinga, tri legal tchê."
Cachaça boa no sul? Perguntei.
-"Bah tchê, experimenta que tu vais ver!"
 Apresentaram um garrafão de 5 litros, colocaram um meio copo de uma pinga claríssima, chegava a se azulada. Fizemos um cachimbo da paz, pois só havia um copo, e o gaúcho informou que não precisávamos fazer cerimonia porque tinham trazido 3 garrafões. A pinga era muito bôa mesmo, e elogiei tanto que me deram um dos garrafões.
Fizemos uma roda, sentamos no chão, e iniciamos um agradável bata papo. Nisso para um Fusca, desce um garotão de Sampa e pergunta se poderia participar da roda. Democráticamente respondemos que sim e ele se achegou. O cara era um sarro, rimos muito com ele, disse que queria aprender umas gírias novas de carioca p´ra tirar sarro nos amigos paulistas. Ensinamos todas que sabíamos, até o sotaque, rs.
 Quando abriram os portões no Sábado éramos os primeiros da fila. Estacionamos o JK numa elevação que existia em frente aos boxes e assistimos num lugar previlegiado.
Um cara estacionou um JK igual ao nosso ao lado, dois caras e duas garotas dentro. À noite outras duas garotas se aproximaram do nosso carro, eu com o banco dá frente reclinado, uma delas enfiou a cabeça dentro do carro e disse-"Oi." Mas que deprssa melevantei e respondi. Oi.
_"Ih, cadê o fulano?", ela estavam confundindo o carro. Falei: Não sei não, nem faço muita questão de saber.rs. Nisso ocara do JK ao lado chamou por elas, elas pediram desculpas e foram falar com os caras.
Um dos caras fez sinal para que eu me aproximasse, reservadamente perguntou meu nome, e chamou uma das meninas.
-"Marcia, esse é o Pedro, um amigo do Rio, apresenta a Lúcia ao amigo dele." Falou piscando o olho pra mim. Agradeci,  ficamos com as meninas, eu eo Marcio Dunley, o Xandi e o Alemão dançaram. rs.
Desse dia em diante soube que os paulistas são iguais a qualquer outro brasileiro. Claro que tem uns babacas, como no Rio também tem, mas a grande maioria é muito legal. Depois conto minha ida ao Templo recentemente.
Sampa, paulistas de todo Brasil, um grande abraço, cada dia mais os admiro.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MINHA PRIMEIRA CORRIDA

Esta história foi postada no blog do Saloma (http://www.interney.net/blogs/saloma/), e com todo respeito que ele merece, tomo a liberdade de repetir, com algumas correções e outras fotos.
Fins de 1969. Campeonato Carioca de Estreantes e Novatos.

Sexta feira, o Erwin Keuper me pega em casa às 6:00hs da manhã. Sentei no fusquinha vinho,naquela época com o numeral #44, o motor 1600cc, muito bem feito pelo Juca Macedo (Petrópolis), comando Skanderian (assim que se escreve, rs), balanceado estática e dinâmica mente(balanceado na CELMA, retífica de motores de avião), um carburadorzinho 32, fuçado, suspensão dianteira com os "dados" para rebaixamento, cambagem negativa, a trazeira com 4 amortecedores, bem baixinho, um bom "Santo Antonio", banco concha para o piloto, cinto de 4 pontos, rodas originais, pneus "Pirelli Cinturato". O carro era um 66 modelinho, do qual aproveitamos o motor de partida 6 volts. Liguei a chave de contato, o motor de arranque girou muito rápido ao receber os 12 volts do novo sistema. O bichinho roncou forte, embrulhando na lenta, mas subindo rápido de giro.
                                                                       Fusca om o # 44

Encontramos com o Juca, o "Alemão" e o "Betinho", mecânicos e fomos para o autódromo. Começado o treino, após algumas voltas me sinalizaram 2.3", o Erwin sinalizou pra apertar mais e consegui baixar até 2"2  alto. Encerrado o treino, me abraçaram e disseram que estava muito bom, que mais rápido só a GTA do Renato Kreyscher e o MINI-COOPER do Carlos Lima, um único fusca de São Paulo girava em torno de 2" cravados, os demais concorrentes que eles conseguira marcar giravam pouco acima de 2.
Com a classificação oficial na mão, verificamos que não era bem assim.
Satisfeitos, voltamos para Petrópolis, demos uma examinada no bichinho, e fomos descansar.

No sábado, nos treinos classificatórios virei 2"2' cravados, o que me valeu a 7º posição no grid, atrás da GTA, do DKW do Carlos Domingues  do FUSCA  do Ronaldo Rossi, do FUSCA do Julio Lopes, do FUSCA do Jorge Botelho e do FUSCA do Rogério Rocha.
Tudo pronto para minha estreia. Eu estava tranqüilo até a hora da largada. Alinhamos, demos a volta de apresentação e alinhamos para a largada. Quando mostraram a placa de 1 minuto, a adrenalina subiu, sentia o coração batendo em rítimo acelerado, os pés tremian no acelerador e na embreagem, umas gotículas de suor escorriam pelas temporas. Dada a largada, mudou tudo, era só concentração.

A GTA pulou na frente, seguida pelo DKW do Carlos Domingues e dos FUSCA's do Ronaldo Rossi, doJúlio Lopes, do Jorge Botelho, do Rogério Costa e o meu. Na Curva Sul,  tirei o pé, pois ele estava por dentro, na primeira bobeada dele, na Entrada do Miolo, freei depois, botei por dentro e assumi a 6º colocação.

Na volta seguinte ele me deu o troco na Ferradura, e ficamos trocando de posição até a penultima volta, quando, eu saí da Norte na frente dele, mas a trazeira escorregou, passei por cima de umas irregularidades do piso e, pouco experiente, achei que tinha furado um pneu, como os Boxes ficavam no início do Retão, entrei e perguntei se tinha um pneu furado. Levei uma puta bronca junto com a ordem de voltar rápido. Voltei pra pista e terminei em 11º lugar.
GT 40 de Sidney Cardoso e a GTA do Aloisio Kreisher




Embora a revista 4 Rodas tenha publicado matéria dizendo que eu o Rogério Costa e o Sergio Almeida, tinhamos dada um bom espetáculo, recebi e recebo muitas gozações e o apelido de "Pneu Furado".
LORENA de Carlos Scorzelli e o MINI COOPER de Amaury Mesquita

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ERWIN KEUPER II

Por sujestão do Grande Mestre Joca, vai uma historinha.
Feito o FUSCA, descemos para testar. Numa Quinta Feira, chegamos ao Autódromo às 9,00hs aproximadamente. Chamamos o Nonato e pedimos para experimentar o carro.
-"De geito nenhum. Sem equipe médica, sem Bombeiros nem pensar."
Argumentamos que o carro era novo, que se acontecesse alguma coisa nos responsabilizámos, que na semana seguinte tinha corrida e não sabiamos nem se o carro ia andar direito, que tínhamos vindo de Petrópolis e, finalmente, o cuidadoso zelador nos autorizou, não sem antes  fazer diversas recomendações.
Tudo pronto, Erwin ao volante, eu de co-piloto, começamos a rodar e trocar idéias. De vagar, estudando o traçado, sentindo o carro, chegamos a conclusão que deveríamos fazer a Sul de quarta, terceira na Entrada do Miolo, esticada até a  Ferradura, quarta na saída, terceira pra fazer o S, procurnado manter o carro por dentro na primeira perna pra sair forte na segunda perna, quarta no meio da leve curva pra esquerda, terceira na entrada da Norte, descer o Relevê pra tangenciar, e bota no retão.
Paramos nos boxes, eu desci e o porra louca do Erwin saiu baixando o cacête já na primeira volta.
Virou 2'3' alto. Na segunda volta virou 2'6" alto, tinha atravessado na Ferradura. Na terceira virou 2'3 alto, na quarta 2'3" baixo, na sexta 2'3" cravados, na sétima idem, na oitava idem, na nona de novo e parou.
-"Acho que é isso aí. Vai lá e vê se melhora. Na Sul basta uma rápida apertada no pedal do meio e bota de novo. Boa sorte."
Sentei na Barata, apertei o sinto (era dos poucos a colocar cinto na época), liguei o motor, o giro rápido do motor de arranque de 6 volts, com a bateria de 12volts está gravado até hoje na minha memória. O FUSCA pegou, embrulhando bastante na baixa, mas subindo de giro rápido e serrando de 2.500 pra cima.
A boca sêca, os pés tremendo nos pedais, saí para minha primeira volta no Autódromo.
Passei a primeira vez pelos boxes e o Erwim sinalizou ok mas não mostrou tempo.
Passei a segunda vez e nada de tempo.
Resolví ir mais rápido, passei, nada, de novo.
Na quarta volta passei, o Erwin sinalizou 2'4" com uma interrogação abaixo do tempo.
Passei na quinta 2'4" de novo e ordem para parar na próxima.
Pensei: Que merda, será que não vou conseguir?
Parei no s boxes, retirei o capacete, soltei o cinto e ia saltar quando o Erwin, com toda sua refinada educação, disse.
-"Onde você pensa que vái? Trata de voltar lá e mandar a bota nessa merda. Porra. Você veio aquí brincar?"
Argumentei que estava preocupado em acontecer um acidente.
-"Se acontecer foda-se. Tem tempo pra consertar essa merda."
-"Aquí dentro não pode ter "se". Tem que ser no limite."
Nós costumávamos dizer que nos pegas de rua você tinha que andar no limite menos "se". Se tiver água, se tiver óleo, se vier alguém em sentido contrário e outros "se".
Respirei fundo, tromei um gole de água e voltei pra pista.
 Na primeira passada nada de mostrar tempo.
Na segunda 2'3" alto, depois 2'3" baixo, dpois 2'3" cravados, na outra 2'3" cravados e parei.
-"Parou por que? Trata de voltar e baixar esse tempo".
Disse que não ia arriscar, que se tivesse que baixar seria na corrida, não ia arriscar mais.
Ele gritou, reclamou, me chamou de cagão, mas não voltei.
O Juca disse que eu tinha razão, que estava bom assim, e encerramos a minha estréia no Autódromo.



O saudoso Erwin Keuper e o FUSCA com o numeral#44

domingo, 10 de janeiro de 2010

REPASSANDO

Copiei do Comparsas do Blog (http://comparsas-do-blog.blogspot.com/) , e tentando dar uma força para um futuro Campeão também estou repassando...




"No caso do piloto Erik Gasparini, o esforço para que a atuação nas pistas do kart internacional não seja interrompida pela falta de patrocínio passa pela promoção de uma rifa. Uma das fórmula mais antigas para se arrecadar uma quantia determinada, uma novidade – pelo menos para mim – em se tratando do automobilismo. O prêmio, bastante sugestivo dados os propósitos da iniciativa, é um carro de corridas, esse das fotos. A organização da promoção é de Cláudio Gasparini, imagino que seja seu pai. Recebi o regulamento a rifa por e-mail. Serão 1.000 números, cada um a R$ 100. A descrição do prêmio é detalhada. Um Aldee Turbo de competição, em anunciado perfeito estado de funcionamento, com potência regulável pelo piloto que varia entre 250 e 400 cavalos, intercooler, injeção eletrônica Magneti Marelli, com quatro válvulas injetoras, sistema suplementar de injeção de combustível HIS com mais quatro válvulas injetoras, freio a disco nas quatro rodas com sistema importado Wilwood, sistema de reabastecimento com bocal rápido e painel de instrumentos com mostradores AutoMeeter."





"O regulamento da promoção é minucioso. Prevê eventualidades que vão da centena premiada – o sorteio se dará pelo resultado da Loteria Federal na extração de 29 de maio – não ter sido vendida a ninguém até o não cumprimento de uma cota mínima na venda de números, o que acarretaria automaticamente o adiamento do sorteio para 28 de agosto."





Mais detalhes no Blog do Luc Monteiro e ele manda o regulamento por email, complementando a bagaça. Apostando na carreira, que seja, o Kart é a base para renovação de pilotos.

sábado, 9 de janeiro de 2010

CARLOS BRAVO


"Carlinhos" Bravo é outro dos Pilotos de Petrópolis com destaque como grande preparador e ótimo Piloto.


Preparador competente de diversos carros  foi inclusive o criador do famoso ESPINGARDA juntamente com Mário Olivetti.



Carlos Bravo fazendo dupla com Mário Olivetti, duas "botas" de respeito.

Carlinhos Bravo e Abelardo Aguiar nos 100km de Brasilia.


Carlinhos Bravo e Abelardo Aguiar após os 1000 km de Brasilia.


Alguns resultados obtidos pelo Carlinhos Bravo ( Colaboração do Comandante Ademar Varanda Bastos)


500 km da Guanabara, 1964

1. Wilson Fittipaldi jr, Alpine, 116 v

2. Jose C. Pace/Vittorio Andreatta Interlagos, 115V

3. Marinho/Eduardo Scuracchio, DKW Malzoni, 113V

4. F. Lameirao/J.C. Pace, Interlagos 110 v

5. Marivaldo Fernandes/Cacaio, Karmann Ghia Porsche, 108 v

6. Walter Hahn/Roberto Galucci, Simca, 103 v

7. Miltinho/Johnson, DKW, 102 v

8. Carlos Bravo/Hamilcar Baroni, JK, 100 v

9. Milton Amaral/M.Maria, Interlagos, 100 v

10. Amauri Mesquita/Samuel Dunley, DKW, 100 v

11. Ricardo Achcar, Interlagos, 100 v

12. Eduardo Scuracchio/Norman Casari, DKW, 99 v

14. Leon/Alan Max, JK, 98 v

15. Ivo Noal/Roberto Gallucci, Simca, 96 v

16. Carlos Eryma/F. Pereira, Interlagos, 96 v

17. A. Martins/C. Leite, 1093, 95 v.

18. Luiz P. Bueno, Interlagos, 90 v

19. Mario Olivetti/Lamego, Alfa Giulia, 79 v

12 Horas de Brasilia de 1965

1. Jaime Silva/José Fernando Martins – Simca Abarth, 169 v, meda de 100,508 km/h

2. Wilson Fittipaldi Jr/Bird Clemente/Luís Pereira Bueno/José Carlos Pace - Interlagos, 164 v

3. Ciro Cayres/Ubaldo César Lolli - Simca Abarth, 163 v (mv Ciro 3m47s8)

4. Marivaldo Fernandes/Jaú - Simca Tempestade(Perereca) - 159 v

5. Wilson Fittipaldi Jr/Bird Clemente/Luís Pereira Bueno/José Carlos Pace - Interlagos, 158 v

6. Wilson Fittipaldi Jr/Bird Clemente/Luís Pereira Bueno - Apline, 157 v

7. Vitório Andreatta/Carol Figueiredo/Jose Carlos Pace - Interlagos - 157 v

8. Emerson Fittipaldi/Danilo de Lemos/Maçal/Pedro Victor de Lamare/Luis Fernando Terra Smith - Renault 1093 - 148 v


10. Jorge Papas/Nilson Freitas - DKW - 139 v

11. Mario Olivetti/Carlinhos Bravo - Alfa 2600 - 135 v

12.Carlos Alberto Braz/João B. Souza - 1093 - 131 v

1000 km Brasilia de 1966

1. Piero Gancia/Marivaldo Fernandes – Alfa Giulia

2. Mario Olivetti/Carlos Bravo – prototipo Alfa-Romeo (Espingarda)

3. Pedro Victor Delamare/Ludovino Perez – Willys Interlagos

4. Celso Luis Gerbassi/Newton Alves – DKW Malzoni

5. Lula Gancia/Felici Albertini – Fiat Abarth

6. Paulo Guaraciaba/Aladino Borges – Gordini

7. Enio Garcia/Antonio Martins Filho - SImca

8. Andre Gustavo/Paulo Cesar Lopes – Gordini

9. Antonio p. Souza/Fernando Barcelos – Gordini

10. Lair Carvalho/Gilberto Augusto - Gordini







1000 km de Brasilia de 1967

23/04

1. Jose Carlos Pace/Wilson Fittipaldi Jr – KG Porsche, 209 v 9h58m

2. Emerson Fittipaldi/Francisco Lameirão – KG Porsche, 206v

3. Lian Duarte/Rodolfo Costa – KG Porsche, 190v

4. Abelardo Aguiar/Carlos Bravo - Prot. Alfa, 185v

5.Carlão/Evandro Dantas - Interlagos, 180v

6.Ernani Roberto/Antonio Martim Filho - Gordini - 176v

7.Pedro Paulo Santi/Joao Lahorque - 171v

8.Andre Gustavo/Paulo Cesar Lopes - Gordini - 169v

9.Carlos Ammanuel/Antonio Carlos de Souza - 161v

10. Amaury de Castro/Jose Antonio Pedroso - 159v

11. Jauro Ribeiro/Jacques Lima - DKW

12. Amaury Mesquita/Mario Olivetti - 148v

13.Ciro Caíres/Ubaldo César Lolli - Alfa Giulia TI

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

KG PORSCHE NO RJ

A primeira vez que ví um KG PORSCHE correr foi no antigo Circuito da Barra da Tijuca, com um motor de 1600cc e pilotado pelo Chico Landi.

Chico Landi, KG PORSCHE 1600

Em 1966 Moco se apresenta na inauguração do Autódromo do Rio obtendo o 2º Lugar, atrás do MARK1 #47 de Carol Figueiredo.


                              Moco e seu KG # 2, coincidentemente mais um 2º lugar no Pódium.


Aquí, já com os imbatíveis KG's, Wilsinho e Moco disputando o primeiro lugar nos 1500Km da Guanabara em 1966.

#77 1o. lugar – pilotados por Wilson Fittipaldi e Ludovino Peres e o #2 - 2o. lugar - pilotado por José Carlos "Môco" Pace e Totó Porto Filho. (foto: Anisio Campos).


Bem, chega uma hora que o grande Paulo Goulart resolve desistir de manter a sua Equipe por falçta de apoio da Volks Vagen, e vender seus carros.

Paulo Goulart, a quem o Automobilismo Brasileiro deve muito. Ao fundo Totó Porto Filho e José Carlos "Moco" pace. Ambos dignos de todas as homenagen.


Aylton e Jiquica Varanda resolvem comprar dois dos KG's, Ayiltom compra um 200cc e Jiquica um 1600cc, mudam as cores e passam a competir com eles.


Sergio Cardoso, Jiquica e Bird Clemente  fazendo a Curva Norte do antigo Autódromo. Prova Almirante Tamandaré, Luso Brasileira.


Aylton Varanda seguido por Wilson Marques Ferreira na saida do "S". Prova Almirante Tamandaré, segunda bateria.



Sidney Cardoso Com o KG  # 79 do Jiquica Varanda.

Na Entrada do Miolo, Zambello #23, Mário Olivetti #65 Emerson #7 e Sidney Cardos #2

"S" debaixo de chuva, Aylton Varanda #2 seguido de Mário Olivetti #65, mesmo com chuva saindo forte do forte do "S", reparem na inclinação da GTA.

Jiquica contornando a curva do entrocamento etre a Av Sete de Setembro (hoje Rua da Imperatriz), reta do Museu, e a Av. Tiradentes, que antecede a Curva da Catedral, ultima prova em que o circuito era horário.


Os Varanda e os Cardoso cultivavam uma grande amizade, o que os levou a diversas parcerias, correndo juntos, se baseando no Colégio Arte e Instrução e até mesmo emprestando os seus carros uns aos outro.



Sidney Cardoso asumindo o KG do Jiquica.



Sidney a bordo do KG.




Revisão dos carros dos Cardoso e dos Varanda na Quadra do Colégio Arte e Innstrução.Sergio Cardoso nos treinos para a IX Mil Milhas, quando fazia dupla com Aylton Varanda.

O KG d Sergio Cardoso e Aylton Varanda Após o acidebte sofrido pelo Aylton, já contado pelo José Augusto Varanda, filho Aylton, que acompanhou essa prova dos boxes.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ERWIN KEUPER

O Erwin foi sem dúvida o cara mais inteligente que conhecí. Formou-se em Medicina na Faculdade de Ciencias Médicas, especializou-se em Dermatologia e, como em tudo que fazia era muito bom. Estudava mecânica nas horas de lazer, principalmente dos PORSCHE e VW.
Acelerava qualquer "cadeira elétrica" que pintasse. Se destacava nos "pegas" (rachas para os de Sampa) tocando FUSCA, RURAL do pai, KOMBI ou Pick Up WILLYS da METALURGICA UNIVERSAL (Indústria de Máquinas da família).
Resolveu prepara seu FUSCA 66 "Modelinho", e o Juca Macedo transformou o 1200 num foguetinho, sempre com grandes discussões com o Erwin, que dava ótimos palpites. Fez algumas provas de Estreantes, sendo que a de maior destaque foi uma em Juiz de Fora, sob chuva, em que largou em último, e mesmo depois de uma escapada que chegou a raspar o meio fio, chegou em segundo. Na ocasião, após os treinos, o Nelsinho Weiss, viu o capô do fusca aberto e comentou, com um sorriso simpático:
 -"Ôh miliduzentos andão, sô".
Bem, após tirar a Carteira de Piloto, me chamou para uma conversa.
-"Pedro, vou colocar um motor 1600 brabinho no Fusca. Ainda não posso fazer um carro só pra competir, dependo desse pra me deslocar pro Rio e fazer minha Faculdade. Mas estive conversando com o Juca, e queremos ir fazendo umas experiencias, até podermos fazer uma fera. Sondei o Jiquica e talvez ele me venda o KG.
Você faz as provas de Estreantes com o FUSCA, tira a Carteira de Piloto e agente corre depois com o KG.
Topa?"
Juro que fiquei mudo.
Olha cara, você sabe como eu gosto dessa merda, mas não tenho um puto pra gastar e meu Pai até poderia dar uma ajudinha, mas a Véia separa dele se fizer isso. rs
-"Eu não tenho muita grana, mas o que precisar eu consigo com o "Seu" Augusto Keuper (seu Pai)".
A vontade falou mais alto que a razão e eu topei, dificil foi dormir à noite. rs.
Fizemos um carrinho esperto. 1600 cc, comando Escanderiam 10/10 A, cabeçote com vávulas maiores, molas de valvulas reforçadas, volante bem aliviado, taxa de compressâo 9,5X1, balanceamento estático e dinâmico feito na CELMA (Retífica de Motores de Avião) e um único carburador 32" (bem fuçado).
A suspensão dianteira com castanhas para regulagem de altura e uma boa cambagem negativa, e a tazeira rebaixada e com 4 amortecedores.
Consegui dois pequenos patrocínios que, naquela conjuntura, ajudaram bastante: Vassouras Rossi, do meu saudoso amigo Luiz Antonio Rossi e do FUKA'S Lanches, do não menos amigo nem menos saudoso, Fuad Abi Daud, primo do Saloma.
Bem, isso passa a ser assunto para outro post, como as idéias e os icentivos e os esporros do Erwin
Agora, o que eu quero é tornar público, um pouquinho do muito que esse verdadeiro irmão fez por mim.
Muito obrigado ERWIN KEUPER.
DEUS te abençoe.
Na foto abaixo satisfção do Erwin com a conquista do terceiro lugar na preliminar da primeira prova no Rio do Torneio BUA em 1970.

Pedro Henrique "Baleiro" e Erwin Keuper. Preliminar do Torneio BUA de Formula Ford, em 1970.
3º Lugar.