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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SÃO SÃO PAULO OU SIMPLESMENTE SAMPA.

Acabo de ler no blog Entrada Franca, http://entradafranca.wordpress.com/2010/01/14/o-rio-que-eu-vi-pela-primeira-vez/#comment-8, uma bela história de um paulista no Rio, o que me motivou a escrever sobre minhas experiências em São Paulo.
 Na primeira vez que fui a São Paulo, foi para assistir à IX Mil Milhas.
Saímos de Petrópolis, no JK do Carlos Alexandre Silveira, o "Xandi", na Sexta Feira.
Estávamos eu, Xandi, Alemão (mecânico) e o Marcio Dunley.
Chegamos em Sampa tarde da noite, e preocupados com as histórias que os paulistas davam informações erradas, relutávamos em pedir informações de como chegar a Interlagos. Mas como ninguém conhecia São Paulo, tivemos que nos arriscar a ser sacaneados pelos "paulistas mal carater".
Fiz sinal para um Karman Ghia que passava, e um corôa que dirigia o carro, parou, esperou que eu ficasse do seu lado e me olhou com o ar inquisitivo. Perguntei como fazia para chegar a Interlagos, ele fez sinal para que entrássemos no Posto de Gasolina à frente, desceu do carro e veio me explicar.
-"Você dobra à direita no farol, depois à esquerda, segue reto até à AV. Brasil... (se não me engano)
Amigo, nenhum de nós conhece porra nenhuma da São Paulo. Não sabemos quando estamos indo ou voltando, lhe disse.
-"Vocês são cariocas, não é?"
Pronto, fudeu. Eu pensei.
Ele abriu um sorriso simpático quando confirmei e disse:
-"Me segue, vái."
Arrancou com o KG e mandou a bota, e eu colado nele. Daquí a pouco paramos próximo a um dos portões de Interlagos. Ele desceu do KG e nós do JK. Eu apertei sua mão e dei-le um abraço enquanto agradecia e ele comentava:
-"Bonito rrronco tem essa máquina."
Bem, já ví que a história não era bem como se contava. O primeiro paulista que conhecí era um cara legal.
Resolvemos passar a noite alí mesmo, quando chegou uma Vemaguete do Rio Grande do Sul, cheia de tralhas, desceram três gauchos devidamente trajados (piunchados) e vieram conversar conosco.
-"Viemos torcer por Catarino Andreata e Breno Fornari, tchê!"
Truxeram vinho? Perguntei?
-"Não, mas trouxemos uma pinga, tri legal tchê."
Cachaça boa no sul? Perguntei.
-"Bah tchê, experimenta que tu vais ver!"
 Apresentaram um garrafão de 5 litros, colocaram um meio copo de uma pinga claríssima, chegava a se azulada. Fizemos um cachimbo da paz, pois só havia um copo, e o gaúcho informou que não precisávamos fazer cerimonia porque tinham trazido 3 garrafões. A pinga era muito bôa mesmo, e elogiei tanto que me deram um dos garrafões.
Fizemos uma roda, sentamos no chão, e iniciamos um agradável bata papo. Nisso para um Fusca, desce um garotão de Sampa e pergunta se poderia participar da roda. Democráticamente respondemos que sim e ele se achegou. O cara era um sarro, rimos muito com ele, disse que queria aprender umas gírias novas de carioca p´ra tirar sarro nos amigos paulistas. Ensinamos todas que sabíamos, até o sotaque, rs.
 Quando abriram os portões no Sábado éramos os primeiros da fila. Estacionamos o JK numa elevação que existia em frente aos boxes e assistimos num lugar previlegiado.
Um cara estacionou um JK igual ao nosso ao lado, dois caras e duas garotas dentro. À noite outras duas garotas se aproximaram do nosso carro, eu com o banco dá frente reclinado, uma delas enfiou a cabeça dentro do carro e disse-"Oi." Mas que deprssa melevantei e respondi. Oi.
_"Ih, cadê o fulano?", ela estavam confundindo o carro. Falei: Não sei não, nem faço muita questão de saber.rs. Nisso ocara do JK ao lado chamou por elas, elas pediram desculpas e foram falar com os caras.
Um dos caras fez sinal para que eu me aproximasse, reservadamente perguntou meu nome, e chamou uma das meninas.
-"Marcia, esse é o Pedro, um amigo do Rio, apresenta a Lúcia ao amigo dele." Falou piscando o olho pra mim. Agradeci,  ficamos com as meninas, eu eo Marcio Dunley, o Xandi e o Alemão dançaram. rs.
Desse dia em diante soube que os paulistas são iguais a qualquer outro brasileiro. Claro que tem uns babacas, como no Rio também tem, mas a grande maioria é muito legal. Depois conto minha ida ao Templo recentemente.
Sampa, paulistas de todo Brasil, um grande abraço, cada dia mais os admiro.